segunda-feira, 18 de março de 2013

As Fontes do Parque Nova Sintra

O Porto não tem os ares das grandes capitais europeias e não fervilha de novidades a cada cinco segundos, mas é o seu lado de cidade rebelde que não se adapta aos tempos modernos que tanto me atrai. Está cheio de lugares quase secretos, inacessíveis aos turistas incautos que só procuram pelos grandes edifícios e pelas lojas mais vistosas (que, no entanto, merecem a devida atenção). Um desses lugares é o Parque de Nova Sintra bem perto da estação de metro do Heroísmo

A entrada do parque

Este Parque chamou-me a atenção por ter sido destacado na "Revista" do Jornal Expresso e na Time Out Porto. Tanto as pesquisas online como os ditos artigos mencionavam a calma e o silêncio característicos, como se de repente a cidade fosse totalmente deixada para trás. A verdade é que é um parque desconhecido por turistas e residentes e a isso se deve a calma que não se encontra nos restantes espaços verdes do Porto.



Medalhão da Fonte de S. Domingos
(bem no início do parque)
Este lugar foi, em tempos, propriedade da família Reid (de origem britânica) tendo sido adquirido pela Câmara Municipal do Porto em 1932. Hoje em dia, a casa da família abriga a sede das Águas do Porto e o parque encontra-se aberto ao público, durante a semana.

Bebedouro da Praça Carlos Alberto

A peculiaridade deste parque deve-se ao facto de ali residirem várias fontes antigas que, após deixarem de servir a população, encontraram ali a sua última residência. Quero destacar o antigo bebedouro da Praça Carlos Alberto que possui: duas taças, uma mais alta para os cavalos matarem a sede e outra, mais baixa, acessível a cães e gatos; uma torneira para humanos; e um lampião para iluminar a praça onde residiu. Além disso, há, ainda, uma mensagem da Sociedade Protectora dos Animais para a população da época. Além das fontes, podem, e devem!, apreciar as várias espécies de árvores que ali vivem, as maravilhosas vistas sobre o Douro e os inúmeros bancos e mesas de pedra que convidam a um piquenique.

Árvores que impõem respeito

Um dos muitos bancos de pedra


Na minha visita, notei que algumas zonas estavam parcialmente obstruídas por ramos caídos. Não sei se se deve ao Inverno ou ao mero desleixo, mas fiquei insatisfeita. A partir do momento em que se torna mais difícil caminhar é também mais difícil apreciar o que nos rodeia e, apesar de a sua beleza residir no facto de pouco modelado pelo homem, o facto de ser aberto ao público devia ser razão suficiente para desobstruir os caminhos e tornar a visita o mais agradável possível. Não quero, de modo algum, dissuadir-vos de visitar este parque maravilhoso. Vale a pena e, se limpassem o parque, seria impossível tecer alguma crítica. Assim sendo, visitem, apreciem e relaxem.

Fonte da Rua da Fontinha

6 comentários:

Maria João Monteiro disse...

Como é que eu não conheço isto???

QUERO IR. VAMOS?

Beatriz disse...

já se sabe que eu sou um poço de sabedoria :D

Rachelet disse...

Também desconhecia! Sabes se se pode levar cães?

Beatriz disse...

Por acaso não sei... Mas também não vi nenhuma proibição!

Jorge Ramiro disse...

Eu também desconhecia a proibição, eu pensei que a fonte era um bebedouro para cães.

Beatriz disse...

Acho que era um bebedouro no seu local original, as fontes deste parque perderam todas a função, nenhuma tem água. Mas espero que não seja proibido levar cães para o parque!